Mar Egeu
Egito
Com o passar dos anos, as técnicas artísticas e construtivas, foi passando de professor para aprendiz, para apreciador e por fim o copista. Nessa época, os gregos adquiriram habilidades artísticas através dos egípcios pelas rotas comerciais e de comunicação.
No Egito antigo, construía-se pirâmides para enterrar os monarcas e para isso, era necessário muitas pessoas para entalhar e erguer as pedras uma sobre as outras. As pirâmides serviam como túmulo para o imperador e nele, possuía encantamentos na parede para que este pudesse chegar no pós vida.
Seu corpo era enfaixado com faixas de pano com o intuito de preservá-lo e colocado no centro da pirâmide. em sua câmara mortuária, era desenhados hieróglifos contendo o caminho e os desafios que esperavam este monarca. Apenas o corpo não era suficiente para se preservar então para isso, os artistas escupiam a cabeça na pedra de granito e depois, colocado onde ninguém pudesse ver afim de que esta pudesse exercer sua magia mantendo a alma do monarca vivo. O escultor era aquele que poderia manter a alma do imperador vivo.
Com o tempo, não só os imperadores eram enterrados dessa forma, os nobres da realeza também tiveram acesso a esse processo tendo seus túmulos pequenos alinhados ao grande túmulo do imperador. E mais pra frente, essas técnicas de conservação e ritos foram liberados para aqueles que poderiam arcar com os custos de todo processo para a pós vida.
Os escultores não representavam de forma realista essas cabeças pois, o rosto é apresentado de forma rígida, inexpressiva, sem textura na pele como as marcas do tempo por exemplo e seu modelo é quase preso pela geometria. Eles não estavam em representar a cabeça de forma íntegra e natural.
As características que podem ser encontradas nessas artes egípcias, deriva-se tanto da observação da natureza como também, da geometria rígida. Esse tipo de arte, era destinado a manter viva a alma daquele que o contratara. Antigamente, antes de todo o trabalho das imagens surgirem de fato no antigo Egito, existia a cultura do sacrifício. O monarca era enterrado com o sacrifícios de seus servos juntos dentro da tumba para que este por sua vez, conseguisse atingir o pós vida. Como era muito oneroso esse tipo de ritual, resolveram aderir as esculturas e aos desenhos com a intenção de ter os servos que o ajudassem a chegar em seu objetivo.
Para as pinturas murais, os egípcio representavam de uma forma diferente. Eles faziam a representações das figuras com a maior clareza possível. Desenhavam através das regras estritas na pintura e memória. Tudo tinha que ser representado de forma mais clara possível. As árvores, e as plantas eram vistas de lado, tanque de água e a área gramada eram representados de cima. Os animais por sua vez para serem reconhecidos facilmente, eram vistos de perfil. Para o artista egípcio representar algo, pega os itens que são mais característicos.
A figura humana era desenhado com o rosto de perfil; olhos de frente; tronco, ombros e mãos de frente; penas e pés de lado. Por não saberem como representar o pé, desenhavam a partir do dedão. É como se a figura possuísse dois pés esquerdos pois eram vistos de dentro. As penas , as mãos e braços eram representados em movimento.
A partir do conhecimento das formas e contorno o artista egípcio conseguia construir as representações e seu significado. O imperador era retratado através de uma figura maior que sua esposa e seus servos. A história é contada através dessas pinturas. A forma de contar essa história é através de hieróglifos.
Os artistas organizavam as figuras meticulosamente através de linhas retas em forma de rede desenhadas na parede. Esse padrão não interferia no detalhamento da natureza. Tanto é que até hoje é possível distinguir as espécies dos animais que eram desenhados com riqueza de detalhes nas paredes.
A arte no Egito tinha que ter harmonia, equilíbrio e estabilidade. As leis que regiam o estilo egípcio eram deveras rigorosas. Os artistas aprendiam desde jovens as regras para esculpir imagens, desenhar e pintar da forma mais detalhada, tinham que representar os deuses Hórus e Anúbis corretamente, aprendiam a arte da escrita. Este, precisava ter a maior precisão na arte de esculpir em pedra imagens, símbolos e hieróglifos.
O verdadeiro artista era aquele que mantinha as mesma regras e que não poderia haver nenhuma mudança mantendo-a inalterada. Isso se perpetuou no decorrer do tempo no Egito. Apesar das temáticas diferirem, só a maneira de representação do homem e a natureza havia se tornado imutável.
Quando houve a invasão do Egito, deu-se início ao novo reinado denominado de "O novo Reino" e seu novo governante era Amenófis VI. Esse por sua vez, rompeu com os velhos costumes egípcios empregando novos como no caso, a crença de um só deus Aton de quem era devoto. A forma que esse deus fora representado era um sol emitindo raios e nesses raios haviam mãos. A corte do imperador foi posta perto dos sacerdotes que cultuavam os velhos deuses. Ele se intitulou de seu próprio deus Akhnaton e o local em que ele instalou-se, hoje é conhecido como Tell-eu-Amarna.
Nas pinturas, ele era representado com um soberano feio (não se sabe os motivos do porque ele preferiu ser representado dessa forma). Nas pinturas, relevos e estátuas, o rei e a rainha possuem a mesma estatura e a temática era o cotidiano da família soberana. Nas pinturas o disco solar dá suas bençãos a família e os corpos, já não aparentam tanta rigidez no movimentar dos braços nos, já podemos observar a representação dos dedos e também a parte de dentro e fora. Dá para notar a textura do tecido de suas vestes.
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