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Arte : arquipélagos do mar Egeu e Egito

    Mar Egeu    

    As primeiras civilizações que prosperaram foram nos arquipélagos do mar Egeu que se localiza a sudeste da Grécia continental. Mais especificamente em Creta em 3000 a.C. A arte era uma fusão de técnicas a partir das Egípcias, Sírias e Anatólia que depois ficou caracterizada como arte minoica. Ele fabricavam joias, afrescos, esculturas e cerâmicas.

    Os palácios minoicos eram ornamentados com afrescos em Cnossos. Esses afrescos representavam os esportes relacionados aos ritos como pessoas pulando por sobre os touros e também, a representação da natureza.



    A cerâmica de lá, era chamada de Kamares. São peças de argila quase da grossura bem fina e ornamentadas com desenhos geométricos com flores e folhas.



    Em Ilhéus, os Cretenses adoravam a vida marinha e tanto é, que chegavam a representar na cerâmica e no metal.





    Egito

    Com o passar dos anos, as técnicas artísticas e construtivas, foi passando de professor para aprendiz, para apreciador e por fim o copista. Nessa época, os gregos adquiriram habilidades artísticas através dos egípcios pelas rotas comerciais e de comunicação.

    No Egito antigo, construía-se pirâmides para enterrar os monarcas e para isso, era necessário muitas pessoas para entalhar e erguer as pedras uma sobre as outras. As pirâmides serviam como túmulo para o imperador e nele, possuía encantamentos na parede para que este pudesse chegar no pós vida. 

    Seu corpo era enfaixado com faixas de pano com o intuito de preservá-lo e colocado no centro da pirâmide. em sua câmara mortuária, era desenhados hieróglifos contendo o caminho e os desafios que esperavam este monarca. Apenas o corpo não era suficiente para se preservar então para isso, os artistas escupiam a cabeça na pedra de granito e depois, colocado onde ninguém pudesse ver afim de que esta pudesse exercer sua magia mantendo a alma do monarca vivo. O escultor era aquele que poderia manter a alma do imperador vivo.

    Com o tempo, não só os imperadores eram enterrados dessa forma, os nobres da realeza também tiveram acesso a esse processo tendo seus túmulos pequenos alinhados ao grande túmulo do imperador. E mais pra frente, essas técnicas de conservação e ritos foram liberados para aqueles que poderiam arcar com os custos de todo processo para a pós vida.

    Os escultores não representavam de forma realista essas cabeças pois, o rosto é apresentado de forma rígida, inexpressiva, sem textura na pele como as marcas do tempo por exemplo e seu modelo é quase preso pela geometria. Eles não estavam em representar a cabeça de forma íntegra e natural.

    As características que podem ser encontradas nessas artes egípcias, deriva-se tanto da observação da natureza como também, da geometria rígida. Esse tipo de arte, era destinado a manter viva a alma daquele que o contratara. Antigamente, antes de todo o trabalho das imagens surgirem de fato no antigo Egito, existia a cultura do sacrifício. O monarca era enterrado com o sacrifícios de seus servos juntos dentro da tumba para que este por sua vez, conseguisse atingir o pós vida. Como era muito oneroso esse tipo de ritual, resolveram aderir as esculturas e aos desenhos com a intenção de ter os servos que o ajudassem a chegar em seu objetivo.

    Para as pinturas murais, os egípcio representavam de uma forma diferente. Eles faziam a representações das figuras com a maior clareza possível. Desenhavam através das regras estritas  na pintura e memória. Tudo tinha que ser representado de forma mais clara possível. As árvores, e as plantas eram vistas de lado, tanque de água e a área gramada eram representados de cima. Os animais por sua vez para serem reconhecidos facilmente, eram vistos de perfil. Para o artista egípcio representar algo, pega os itens que são mais característicos.


Pintura mural


    A figura humana era desenhado com o rosto de perfil; olhos de frente; tronco, ombros e mãos de frente; penas e pés de lado. Por não saberem como representar o pé, desenhavam a partir do dedão. É como se a figura possuísse dois pés esquerdos pois eram vistos de dentro. As penas , as mãos e braços eram representados em movimento.



    A partir do conhecimento das formas e contorno o artista egípcio conseguia construir as representações e seu significado. O imperador era retratado através de uma figura maior que sua esposa e seus servos. A história é contada através dessas pinturas. A forma de contar essa história é através de hieróglifos.

    Os artistas organizavam as figuras meticulosamente através de linhas retas em forma de rede desenhadas na parede. Esse padrão não interferia no detalhamento da natureza. Tanto é que até hoje é possível distinguir as espécies dos animais que eram desenhados com riqueza de detalhes nas paredes.

    A arte no Egito tinha que ter harmonia, equilíbrio e estabilidade. As leis que regiam o estilo egípcio eram deveras rigorosas. Os artistas aprendiam desde jovens as regras para esculpir imagens, desenhar e pintar da forma mais detalhada, tinham que representar os deuses Hórus e Anúbis corretamente, aprendiam a arte da escrita. Este, precisava ter a maior precisão na arte de esculpir em pedra imagens, símbolos e hieróglifos.

    O verdadeiro artista era aquele que mantinha as mesma regras e que não poderia haver nenhuma mudança mantendo-a inalterada. Isso se perpetuou no decorrer do tempo no Egito. Apesar das temáticas diferirem, só a maneira de representação do homem e a natureza havia se tornado imutável.

    Quando houve a invasão do Egito, deu-se início ao novo reinado denominado de "O novo Reino" e seu novo governante era Amenófis VI. Esse por sua vez, rompeu com os velhos costumes egípcios empregando novos como no caso, a crença de um só deus Aton de quem era devoto. A forma que esse deus fora representado era um sol emitindo raios e nesses raios haviam mãos. A corte do imperador foi posta perto dos sacerdotes que cultuavam os velhos deuses. Ele se intitulou de seu próprio deus Akhnaton e o local em que ele instalou-se, hoje é conhecido como Tell-eu-Amarna.

    Nas pinturas, ele era representado com um soberano feio (não se sabe os motivos do porque ele preferiu ser representado dessa forma). Nas pinturas, relevos e estátuas, o rei e a rainha possuem a mesma estatura e a temática era o cotidiano da família soberana. Nas pinturas o disco solar dá suas bençãos a família e os corpos, já não aparentam tanta rigidez no movimentar dos braços nos, já podemos observar a representação dos dedos e também a parte de dentro e fora. Dá para notar a textura do tecido de suas vestes.




    No fim do reinado do sucessor de Akhnaton que era o imperador Tutankhamon, o Egito fechou suas portas para o mundo e voltou a cultuar suas velhas crenças.


Bibliografia:


Benevolo. Leonardo, História da Cidade, 7ed. São Paulo: Perspectiva, 2019

Farthing, Stephen, Tudo Sobre Artes O movimento e as obras mais importantes de todos os tempos, ? ed. Rio de Janeiro: Sextavante, 2011

Gombrich. E. H, A História da Arte, 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008

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