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Arte rupestre

Fotos dos arquivos ALINARI


    A palavra "Rupestre" define-se pela forma como era concebida através da a arte através da pintura e do entalhe de madeiras e empilhamento de pedras afim de formar os desenhos de pessoas, animais e até objetos tanto do cotidiano quanto dos cultos.

       Cada pintura na parede ou escultura, servia a sua própria finalidade. Eram consideradas mágicas pois, possuía a função de protegê-los da magia dos espíritos que causavam as mudanças climáticas. Seus abrigos, construídos com o intuito de proteger do sol, da chuva, ventos e também, de quem causava essas mudanças. Essa era considerada primitiva devido ao início da humanidade por causa da forma como era a forma como eles pensavam e acreditavam. A vida era mais simples porém, difícil adaptação e sobrevivência. Acredita-se que esse período submete-se a Era Glacial.
 
    Acreditava-se que ao fazer a figura, a magia era lançada como o E. H. Gombrich em seu livro A História da Arte, explica que os pajés, médico-feiticeiros faziam os bonecos com o intuito de ferir o inimigo. Era colocado no boneco onde se localiza o coração um objeto perfurante. Eles acreditavam que com isso, seu inimigo sofria com tal gesto chegavam até queimar o dito cujo do boneco, pensando que o inimigo sofreria a mesma coisa.

    Os caçadores acreditavam que se desenharem o animal ao qual eles predavam na parede das cavernas, era possível que esta presa aparecesse do lado de fora de forma mágica e ao mesmo tempo, abatidos.

    Os homens primitivos adotavam lendas relacionadas aos animais fazendo com que estes, se tornassem Totens. Havia cerimônias que eles realizavam acreditando se tornarem tal animal. Há tribos hoje que adotaram essa postura ancestral, como tripo do urso, do leão, águia, corvo e etc. Nas cerimônias, eles se fantasiavam do animal ao qual faziam parte na busca de se tornarem tanto homens como animais. Não só um homem primitivos participava desse rito mas sim, a tribo toda.

    As pinturas e esculturas não precisavam ser belas porém, tinham que ser funcionais. Cada artista da tribo dava a forma e a cor adequadas para ambas. Conforme os artistas foram trabalhando, foram desenvolvendo ferramentas e também aprimoravam ainda mais suas técnicas de forma que obras ganharam aspectos bem diferentes das de antes. Os artesãos eram pacientes na sua produção devidos as suas ferramentas rudimentares.

    Se colocasse um rosto em um objeto, os primitivos acreditavam que magicamente, aquilo se tornaria vivo.

    Os artistas primitivos desenvolveram técnicas de fazer o totens relacionados aos mitos da aldeia de forma ornamental. Alguns caçadores não precisavam fazer fielmente uma figura mas sim, caracterizar um aspecto proeminente como no caso, o "bico" de um pássaro ou algum aspecto que mais chamasse a atenção. Os totens não eram só relacionado aos animais mas também, conta a história, lendas e mitos envoltos na tribo. As vezes, o artista devido aos seus materiais, era ajudado pela tribo inteira para o conto encravado no materiais. Essas esculturas até serviam para honrar determinada pessoa na tribo em algumas culturas. Os povos primitivos, se dividiam em tribos possuindo costumes e culturas diferentes. As vezes, em determinadas tribos, haviam esculturas em altares aos quais, contavam os sacrifícios humanos realizados por determinadas religiões antigas. 

    As pinturas nas cavernas são em antigas e datam de 30.000 a.C. Um exemplo a ser citado por exemplo O complexo cavernas de lascaux na França ao qual, possui aproximadamente 2000 figuras representadas no período paleolítico.

    Alguma tribos aqui nas américas como no caso, os Astecas e os Incas, adoravam o deuses mas em especial, o Deus da chuva ( cada cultura usa o nome e a representação diferente para representar esses deuses). Eles dependiam desses deuses para a colheita por que sem a chuva, o povo morria de fome e para sobreviverem, acreditavam que esse deus pudesse ajudá-los. Em certas culturas, até serpentes se tornava seres sagrados pois acreditavam, que elas saíam das entranhas celestes.

    Podemos também considerar os geoglifos como parte desse processo. Essa palavra advém dos grandes desenhos feitos no chão são representados em sua maioria, os animais mais em específico, os pássaros. Um grande exemplo, são aqueles enormes desenhos que aparece acima do chão. Esses por sua vez, são encontrados onde tem-se clima desértico como em Nazca por exemplo. O processo para formar esse símbolos ocorre através da remoção de pedras e uso de formas geométricas através de linhas. O clima seco faz o seu papel de preservação dessas formas e a falta de vento também auxilia no processo.
Acreditava-se que os geoglifos serviam como uma espécie de calendário astrológico para o plantio.

    Esse sistema de desenho encontrado em Nazca baseia-se na simplificação das figuras encontradas na natureza segundo a tradição Colombiana. Eles pegam um aspecto mais relevante do animal e marcam bem essa característica.

    Em território brasileiro, foram encontrados vestígios sob o solo argiloso do Acre na Amazônia de geoglifos antigos ainda preservados descobertos na década de 70. Geoglifo significa, desenhar sobre a terra- Geoglipho.

    Para a construção, provavelmente, foi o conjunto de indivíduos  que o realizaram através de um trabalho coordenado porque na época, no período pré-histórico ( a 2000 a.C), havia só ferramentas rudimentares e para isso, foi gasto uma enorme energia para a realização de tal ato que fora planejado de forma meticulosa na questão das medidas e a geometria.. Isso por sua vez, ajudou também na preservação desse monumento. Essas áreas eram usadas como espaços sociais dedicado a encontros e rituais. Esse espaços, foram constantemente reconstruídos através do tempo chega até a era Cristã no país. Essas formas, em sua maioria eram circulares, há poucos exemplares que variam desde elípticas, hexagonais, octogonais também figuradas em formato de D e U.

    Seu sistema de construção se vale da terra estruturada por valetas em formato circular e muretas idênticas com as da Europa ocidental do período neolítico que nada mais é do que o período em que o homem descobre a agricultura e não precisava mais ter uma vida nômade. Ao certo, não acharam exatamente pra que essas figuras serviam de fato. Na Europa, as casas em vilas ficavam próximas a essas figurações. As formas encontradas no Brasil em específico no Acre, se difere dos da Europa mas o princípio de concepção é o mesmo.

    Essa delimitação do "espaço social" (não se sabe ao certo sua função) pelas figuras aqui no Brasil dá-se o nome "genérico" de "Enclusores" que significa recinto". Sua forma possui trechos que se ligam as estradas possibilitando a circulação de pessoas em espaços públicos e privados.



    As figuras geométricas, estão localizados em platôs altos com altitudes variando em torno de 180m à 230m. A vista no topo era ampla e vasta possuindo o vislumbre de 180º e ficavam próxima aos rios, divisas de água e nascentes. O intuito da escolha da altura e de lugares que dava para enxergar a uma longa distância era tanto para a defesa do local como também, de se aproximares das divindades.

    As cerâmicas por sua vez, eram tanto para os ritos como também, para processos de funerais. Por sua vez, era usado apenas por membros importantes. As imagens vinculadas a magia e a religião, tornaram-se nossa primeira forma escrita.


De Nômades às Aldeias

     No início o homem primitivo era nômade. Eles caçavam animais e colhiam o que achavam e por fim, ficavam um tempo no lugar para consumirem as plantas, sementes e as demais coisas que encontravam. Quando acabavam-se os recurso dessa área, eles já iam para o próximo ponto.

    Com o decorrer do tempo, descobriram o plantio facilitando a permanência de um lugar para a tribo. Daí, os homens param de se locomover e começaram a se estabelecer. Começaram a domesticar animais para poderem comer ou apenas criar. Os agricultores forneciam as plantas e os grãos. As casas já não eram mais  apenas abrigos rudimentares como um buraco natural ou feitos de madeira e pele. Eles começaram a construir casas de madeira e outros materiais. Esse período em que os homens começaram a se estabelecer, se chama Período Neolítico. 

    Nesses ambientes fizeram altares, lugares para celebrarem os cultos e entre outros. A aldeia ficava em volta da fogueira que eles usavam para o preparo dos alimentos e eventos de celebração.

    A cidade veio de núcleos que conseguiram prosperar e que nele, havia já uma sede dedicada a autoridade também, quando já era possível a pessoa que antes cultivava não se preocupasse mais com essa tarefa,  dava para outro que como troca, tivesse o excedente daquele plantio como o seu sustento. As indústrias dessa época, faziam essa troca também. Dentro dessas cidades havia a sede dedicada a autoridade.

    Surge a partir daí, duas classe sociais: os dominantes e subalternos. Com isso as indústrias e a agricultura conseguem se desenvolver criando mão de obras especializadas em determinado tipo de trabalho que os subalternos realizavam.    

    A Revolução humana como é chamado começou em um terreno plano entre os desertos da Arábia e África em forma semicircular e que possuem montes de vão desde o mediterrâneo até o Golfo Pérsico.

    Após a Era Glacial, o solo torna-se cultivável e o terreno propicia caminhos onde circulavam a comunicação e notícia entre as aldeias e também a troca de mercadoria. Nesse período, o homem já conseguia medir o tempo através dos astros no céu noturno. Início do período neolítico

    Com a descoberta da colheita, foi possível que dos homens se estabelecessem em um só ponto, próximo as nascentes que servia para uso próprio como também para os animais que eles começaram a domesticar e por sua vez, irrigação do plantio. A aldeia conseguiu prosperar relacionado as ferramentas, transportes aquáticos e terrenos que possibilitaram e muito, explorarem lugares longínquos. A tribo conseguiu expandir as terras para a plantação através da irrigação conseguindo colheitas abundantes.


Bibliografia:


Gombrich. E. H, A História da Arte, 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008

Farthing, Stephen, Tudo Sobre Artes O movimento e as obras mais importantes de todos os tempos, ? ed. Rio de Janeiro: Sextavante, 2011

Benevolo. Leonardo, História da Cidade, 7ed. São Paulo: Perspectiva, 2019

Iphan: Geoglifos paisagens da Amazônia Ocidental- Geoglifos_paisagens_da_amazonia_ocidental.pdf (iphan.gov.br)







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